sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

IIIWW ou Quase

                 Há tempos instalara-se o caos. A home sweet home azedara. Divisões e mais divisões panzer da Alesmânia invadindo pelas soleiras, assinalando visguentos rastros. Soturnas, ao descuido do passo, minando campo. Bem treinados, mas solitários soldados, Grambretaranha espraiara redes de camuflagem pelas orlas do teto. Abatia barões vermelhos e outras cores menos hábeis. Dançando ventres, dragoas-china faziam subir e descer paredes. Casa-da-mãe-Joana, todo um submundo querendo naco.

                 Havia que defender território. Limpar. Convocou-se reunião de gabinete e monitor. Pauta em tela, apertavam-se, entre si, as mesmas teclas. O sinistro da economia calcara déficit. Deterioradas, relações exteriores não alçariam voz. Brado mais alto à saúde: prolongado discurso, vociferou eugenia — a beligerância imputaria preço.

                 Ajuda externa não tardou. Em cena, metaldeídos, piretrinas e piretróides, armas químicas de destruição em rolinhos*. A inhaca do Inhaque, mentira o Imperador, pressionando via tevê. Desviamos esse canal. Tentaria, ainda, panfletar jornal; embrulhamo-lo. Mandou um sabiá-ônu aninhar estratégico limoeiro e, pacíficas intenções, meter bico onde não chamado. De quebra, expôs minhocas, defecando-se, pretenso, em adubo.

                 Armara-se o teatro das operações. Os tanques se empanzinavam com iscas e estouravam. Rechaçado o contingente bretão, sossegou prostituída procissão de lagartixas. Havia ainda que resolver questão do craque das madeiras certificadas reduzindo-se a pó. Mas isto são questões do forro íntimo, políticas bem mais internas.

                 Passada a vassoura do pós-guerra, banhou-se corpo e alma em águas de convicções. Farda-de-gala investida, hora era inverter cenário. Antes presa, já predador, à farra instituída. À civilizada forra. É bárbaro assaltar baladas e estuprar biscates. Arrastá-las para um bem limpinho chalé e celebrar a paz.

*expressão descaradamente chupada ao camarada Zé Alencastro, único e veríssimo alto astral com quem me deparei no trottoir da vida, quando lá nos idos de 1979 se referia ao nosso Inter: “... ataca em massa e se defende em rolinhos".

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