Compensou desrespeitar horário para espiar Fórmula Um na madrugada das crianças. Felipe ganhou? Não. Pontuou mais que Hamilton? Não, também. Mas, então, o que teria assim valido, afinal? Posso responder, sem me arrepender: um ponto.
Limiar de campeonato escancara. Contam-se duas provas. Sete pontos diminuiriam Massa do bom moço britânico.
Início do certame, pole Lewis, mui distante da fleuma, pleiboizinho, vacila. Punição. Felipe, por vez, força curva e comete a sua. Punição.
Prova anda, estandarte espanhol acenando. Quem fora primeiro, décimo-terceiro. Nosso cavaleiro, uma antes. Felipe esporeia, dá de banda, atropela cocheira, raspa cerca. A bazófia do asfalto vai calando-se com a borracha daquela gana vermelha. No derradeiro da campanha, arremete lança, confiscando único e possível ponto — honraria as armas quais empunha. Lewis, zerado, fica para o chá das cinco.
O torneio culminará em raia brasileira. Pode dar não certo e quebrar pata e romper sela e bicho adoecer e o que mais queira infausta sorte. Contudo, podemos encher boca e suprir timidez de narrador: — Sai da frente que lá vem Massa!
Cumpra-se, por fim, paradigma, e da aceleração do Massa que resulte esse F.
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