quinta-feira, 16 de outubro de 2008

À Nave Espacial

Oh Nave, Nave Espacial
Perdoa o nosso mal
Se fomos ao fundo do poço
Em falso pecado original
Deverias saber, afinal
Que somos mais carne que osso

O que será desta vez?
Um milharal? Um canavial?
Ou a floresta de cannabis?
Ah, minha cara Nave Espacial
Abduzo-me na embriaguez
Se bem ou mal e assim o sabes
Hás de mo dizer quo vadis

Ao teu bento nome Alabama
McCain daria tanto poder?
Obama, Osama ou quem chama
Navegas ou desandas beber?

Teu destino é outro portal
É mais pra lá de Bagdah
Pras bandas do Afeganistão
Segue, pois, luz ancestral
E não confundas esta barba
Co'aquela do Bin-de-plantão

Em paz, me deixe, por fim
Com meus parcos contatos
Da bodega ao botequim
Ou do truncado eme-esse-ene
Se não te pareço celestial
Descuidando demais imediatos
Vivência que vai trivial
Porquanto me baste é perene

Desculpe-me se não combino
Os triângulos das bermudas
Com redundâncias popozudas
No desalinho do prêt-à-porter
Malgrado pobre figurino
Faça concupiscente moda
Mentes bundalizadas em roda
Que vistam a moral do ET

Nenhum comentário:

Postar um comentário