Ressoaram as doze badaladas
No majestoso e soturno Salão
Bailavam as Donzelas mascaradas
Entre valsas d’Eterna Solidão
A Mãe-Terra fingia ser Madrasta
Ocultando cativa Cinderela
Sentenciou então o Rei-Sol: já basta!
E fugaz espreitou ‘inda mais bela
Ao átrio em que pendem candelabros
De cristais imitando Cassiopéias
Orquestram-se celestiais descalabros
Por instantes sorriram rutilantes
Meras pepitas presas às bateias
E a Lua rebrilhara aos amantes
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