Esta chuva que desce sem cessar
Em mais um dia frio e distante
Roubando o Sol que me faz pensar:
Um astro me une ao teu quadrante
Chuvas de Inverno, descem e vão
Encharcando-me dos pés à fronte
Límpidas lágrimas de solidão
Colhidas, talvez, em tua fonte
Desçam à terra, águas de agosto
As plagas reguem do meu Inferno
Derribem um pranto em desgosto
Incontido nas chuvas d'Inverno
domingo, 26 de agosto de 2007
quinta-feira, 9 de agosto de 2007
Jogos
A de boliche três furos tem
Dois a de bolão
É do jogo bolinar
Mas quando me convém
Com um só dedo da mão
Faço-te rolar
Dois a de bolão
É do jogo bolinar
Mas quando me convém
Com um só dedo da mão
Faço-te rolar
quarta-feira, 8 de agosto de 2007
Em nome do Amor
Olhe minhas mãos... Olhe!
É o teu sangue que por elas escorre!
Estou hirto. Mortificado.
Em nome do Amor...
Teu corpo jazente.
Tua respiração convulsiva.
No olhar nem há medo. Desesperança.
Em nome do Amor...
Olhe minhas mãos... Olhe!
Mãos que te afagaram. Que te possuíram.
Agora ensangüentadas.
Em nome do Amor...
Por que não olhas minhas mãos?
Por que me olhas nos olhos?
Se já nada podes ver?
Em nome do Amor...
Olho minhas mãos.
Mãos assassinas. De ti?
Não. Passional ilusão!
Em nome do Amor...
É o teu sangue que por elas escorre!
Estou hirto. Mortificado.
Em nome do Amor...
Teu corpo jazente.
Tua respiração convulsiva.
No olhar nem há medo. Desesperança.
Em nome do Amor...
Olhe minhas mãos... Olhe!
Mãos que te afagaram. Que te possuíram.
Agora ensangüentadas.
Em nome do Amor...
Por que não olhas minhas mãos?
Por que me olhas nos olhos?
Se já nada podes ver?
Em nome do Amor...
Olho minhas mãos.
Mãos assassinas. De ti?
Não. Passional ilusão!
Em nome do Amor...
sábado, 4 de agosto de 2007
Iminente Naufrágio
a uma poetisa cearense
Por que m'encantas, sereia
das praias de Fortaleza?
És Amor de quem receia
jamais encontrar certeza
Teu olhar são entrelinhas
que as Cartas não indicam
Profundas águas marinhas
quais só Versos as arriscam
Se teu Canto aproxima
aos arrecifes da Paixão
espreito neles a Rima
Ao naufrágio iminente
singro, poeta-capitão
num Poema refrangente
Por que m'encantas, sereia
das praias de Fortaleza?
És Amor de quem receia
jamais encontrar certeza
Teu olhar são entrelinhas
que as Cartas não indicam
Profundas águas marinhas
quais só Versos as arriscam
Se teu Canto aproxima
aos arrecifes da Paixão
espreito neles a Rima
Ao naufrágio iminente
singro, poeta-capitão
num Poema refrangente
sexta-feira, 3 de agosto de 2007
Internáutica
Uma fêmea, donzela
atravessou a janela
da Internet, via tela
Não há minuto que passe
sem que eu lembre sua face
É paixão sem disfarce
Seu olhar é felino
desafia o meu tino
É amor intestino
Me esqueço da vida
E a quero atrevida
por inteiro despida
Na sua gíria me amarro
Viajo nesse esparro
e acendo um cigarro
Lhe desprende a fumaça
que no ar faz u'a graça:
seu espectro ela traça
Estaria eu plugado,
num amor desvairado,
resumido ao teclado?
atravessou a janela
da Internet, via tela
Não há minuto que passe
sem que eu lembre sua face
É paixão sem disfarce
Seu olhar é felino
desafia o meu tino
É amor intestino
Me esqueço da vida
E a quero atrevida
por inteiro despida
Na sua gíria me amarro
Viajo nesse esparro
e acendo um cigarro
Lhe desprende a fumaça
que no ar faz u'a graça:
seu espectro ela traça
Estaria eu plugado,
num amor desvairado,
resumido ao teclado?
quarta-feira, 1 de agosto de 2007
Epitáfio para um Amor
Aqui jaz, para sempre, o impróprio ente
Natimorto foi, pois que era impossível
Fria terra o acolhe ainda quente
Eterna saudade resta ao desprezível
Natimorto foi, pois que era impossível
Fria terra o acolhe ainda quente
Eterna saudade resta ao desprezível
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