Ouço-te
Ouço-te,
lágrima plúvia
haurida pela terra
ardente
Tênue lamento
que me vaza em vento
o acorde outonal
Não mais me aprumo
nas liras
de antigamente
[o resumo daquilo
que foi e será
só da gente]
Hora imprecisa
tangida
minuto a minuto
Silencia
o murmúrio
das tautologias
Do que se precipita neste lamento, o silêncio é por vezes desejável ao burburinho recorrente do passado.
ResponderExcluirBeleza de poema, meu caro.
Abraço!
Lindo!
ResponderExcluirO poema tem uma característica própria, se ficarmos relendo, relendo para comentarmos, perde-se o que tem de melhor: o mistério e a beleza.
Ele bate em cada um de nós com nuances diferentes.
Abraços
Tais Luso