Quero da Hipocrisia os grilhões arrancar
que me acorrentam às catacumbas da Verdade
Lancinante se faz a dor ao dilacerar
a Alma torturada, o Desejo que invade
Foge-me às veias, esvai-se o sangue
até que o infame cálice transborde
Degusta, se embebeda, me torna exangue
o Senhor do Destino em insaciável sede
Já não basta ao poeta urdir o Verso
para assinalar sua amarga senda
Arvora num grito legítimo e terso
Incondicional, tramando a Lenda:
Prostrado suplico aos deuses do Olimpo
concedam-me absoluta Liberdade
Rogo o Poder de parar o meu Tempo
e te esperar na Eternidade
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